sábado, 27 de novembro de 2010

Raças o caraças!

Às vezes, dou por mim a pensar que o racismo não é mais do que, um estado de espírito. Provavelmente para tentar justificar ainda a sua existência no mundo contemporâneo em que vivemos, embora continue a ser tão descabido quanto o era, nos seus habitats naturais, isto é, na era da escravidão, o que só mostrava que o homem de facto viera do macaco ou de um animal tão ou mais macaco que o próprio macaco, sem querer denegrir a imagem dos macacos que aliás, de vez em quando, conseguem ser verdadeiros senhores, quando comparados com certos e determinados Homens ou, se preferirem, comportamentos dos mesmos. Outro habitat, remonta-me para aqui há meia dúzia de décadas, aquando da segregação racial ocorrida nos EUA a que foi forçado um tal Nobel, o mais jovem de sempre diga-se, a ter O sonho pois a realidade em que se encontrava era extremamente clara. Um sonho ontem, uma realidade hoje. O mesmo racismo, só para terminar, também encontrou aconchego no Sul de África, mais ou menos pela mesma altura. Vá-se lá perceber como ou porquê. Mas lá estava ele, à vontade e protegido, por uma minoria. Por tudo exposto, o racismo hoje, insisto, deve ser visto apenas, como um estado de espírito.

Tenho em mim que ninguém no seu perfeito juízo acorda pela manhã, lava os dentes, toma banho e, logo a seguir, envia uma mensagem para o cérebro, no sentido de repudiar uma qualquer raça que não seja a sua. Ou melhor, que seja o próprio cérebro a dar-se a esse trabalho. Pela ordem apresentada, creio que o cérebro após o banho, ficava… de molho.

Como justificar o racismo hoje em dia, senão por ser um estado de espírito que invade a pessoa mediante determinada circunstância em dado momento do seu quotidiano? Ignorância?! A ignorância não é racismo…é ignorância. E é isso que se confunde, a meu ver, nos dias de hoje. Há tantas raças por esse mundo fora, que o mais provável é ser, fisicamente impossível estar num canto deste planeta em que só exista uma raça. Se calhar, na Amazónia, neste exacto momento, há um grupo de índios que se encontra perto de um qualquer rio, em plena caça, um ou outro a catar carcaças e o mais provável é serem todos da mesma raça. É possível.

Tal como é, estarem 4 Jornalistas da BBC, a subir um qualquer rio, gravando um qualquer documentário que ainda ninguém viu, precisamente na mesma localização geográfica, a mesma hora terráquea. Ou seja, ignorância não é, porque até os índios na Amazónia, entretêm-se com os cara-pálida. Podem ser pretos, amarelos ou cinzentos…mas para eles, são cara-pálida. Pura e simplesmente. Porquê? Porque não têm a sua tonalidade. Ignorância? Eu, sinceramente, não vou bater à porta da casa dos índios e tentar explicar-lhes, que isso, é confundido com racismo. Porque é. O mais provável seria os índios acharem que eu é que era ignorante, por acreditar que a forma como eles tratam as pessoas que não são da sua raça, era vista como racismo. E isso seria uma ofensa. Principalmente, porque eu estava em casa deles. E aí, eles pegariam em mim, fariam de mim uma carnificina autêntica sendo que, as minhas últimas palavras seriam, se ainda me deixassem: “não sejam ignorantes, é só um ponto de vista”.

O racismo ou a falta dele, dirão, explica-se pela evolução do homem.

Do homem? Ou do macaco? O macaco continua a comer bananas. Mas também o homem. Entretanto nos dias de hoje, o macaco violenta o sapo. É certamente um problema rácico. Porque são raças diferentes, independentemente de serem animais diferentes. Ou só há racismo quando se tratam de animais iguais? Será antes, um estado de espírito? * Os animais também têm direitos, segundo a PETA. Direito ao estado de espírito, ou direito a não ser estuprado seja por que animal for?! Duvidoso.

É possível que sempre tenham existido e sempre existirão esses estados de espírito seja em que animal for.

A evolução do homem fê-lo ter a ideia de criar um youtube. E hoje podemos todos partilhar vídeos na internet. Vídeos de macacos, vídeos de sapos. E vídeos de macacos a abusarem de sapos. A evolução do homem espelha-se na internet.

O mesmo homem, é conhecido por ter e continuar a constranger os seus pares em larga escala, não estivéssemos nós, a passar por uma recessão actualmente. Foi o homem. Não foi o macaco. Racismo em grandes quantidades? Por que não? Quem me garante que não exista uma raça superior à branca? Evidentemente que a raça branca não é superior, mas quem me garante? Que raça? A raça dos intocáveis. Intocáveis?! Sim, intocáveis. Quem são? São aqueles que na altura em que o mundo cai, continuam de pé. Exprimirão: “mas esses economizaram”. Direi: “ou causaram a crise”. Quem faz a distinção? A entrega de prémios da academia tem sido contestada desde que me conheço!

O homem vive a sua vida sossegadamente e de vez em quando, é invadido por um tal estado de espírito, que o faz ter um comportamento digno de ser associado ao racismo. Porquê ao racismo? Porque esse, existiu. Porque esse, foi real. Foi doloroso. E foi triste. Repetir é mau? O racismo também era.

Nos dias que correm, num diálogo, que é o maior e talvez melhor meio para se detectar o estado de espírito de que vos falo, o que detectamos de facto, são inúmeras situações. Pode ser um dia mal conseguido. Um episódio recente de uma manobra conjectural em territórios africanos e que irá, hipoteticamente, prejudicar as contas lá de casa. Num orçamento. Porque não? Ou uma simples decisão na Casa Branca? Para alguns, foi invadida por um muçulmano. Isso é uma raça? Não sei. Mas chamam-lhes de racistas.

Preconceito. Sugerirão! O preconceito que o leitor pode querer associar, não é mais que ignorância pura e burra. Pois é. Ignorar determinadas informações sobressaindo, por conseguinte, a falta de argumento, gera, nas mais das vezes, algo como: “cala-te, ó preto” ou “vai-te lá f*der, pula duma figa” ou ainda “xii, esses chineses já vieram f*der o sistema”. E, por causa disso, devemos assumir que somos racistas? Só porque fomos burros e estávamos desinformados quanto àquela contenda, resultando numa incapacidade de contra-argumentar e/ou sequer reflectir preferindo, por conseguinte, deixar o nosso cérebro atirar a primeira barbaridade que lhe ocorreu e por fim cair no ridículo? Não creio.

É no entanto de realçar que, aceitando o racismo como um estado de espírito, em que alguém, em determinado momento, é deparado com determinada situação e a sua reacção despoleta numa ofensa verbal apontando a raça como principal ponto de argumentação, podemos concluir que, verifica-se, dentro desse mesmo estado de espírito, uma evolução…do ridículo. E a evolução é notável, desde logo, porque hoje, mais do que ontem e menos que amanhã, provavelmente, temos racismo praticável de brancos para brancos, de negros para negros e assim sucessivamente. O fenómeno, espero eu, é recente. E é ridículo. Mas verifica-se de facto. E de facto, fico estupefacto. Imaginem o que era, o Eminem a beefar o Drake por causa da raça. Ridículo.

Vezes sem conta deparo-me, em conversas informais, com comentários de sujeitos de raça branca que, como que se não tivessem espelho em casa, falam de outros brancos, como se de negros se tratassem. E o inverso obviamente, também se verifica, não fossem os negros conhecidos por serem preconceituosos para com a própria raça. Quem o diz, são os brancos.

Aceitando o racismo como uma realidade inerente no homem, quem dera que o racismo de outrora fosse tão “saudável” como o é, nos dias de hoje. Quem dera que o racismo não tivesse levado a violência de outros tempos. Hoje? Hoje quem é racista é quase que como quem era preto nas alturas já evidenciadas. E transportar a violência para o racismo, hoje? É como quem fosse preto E tivesse lepra por cima! Lepra se calhar não, mas era como se se fosse preto e para mais, tivesse engravidado ou fosse apanhado a namoriscar com a sinhá lá do sítio. Isto remontando à época dos senhores feudais. Isso sim, seria um 31. Não é o Liedson que, só por curiosidade, é achocolatado. Tal como o é, o nenuco da Luciana Abreu. Lucy, para os mais chegados.

Começo por concluir que, quanto ao estado de espírito que invade momentaneamente determinado sujeito, creio ser incontrolável. Mas como existe uma palavra que julga melhor determinado comportamento, porque não usa-la?! Sempre é mais fácil. E o cérebro agradece.

Os Estados, por sua vez, devem e vão tendo um papel preponderante na actuação e educação dos seus nacionais. As vezes levam demasiado tempo, mas eventualmente assumem as suas responsabilidades. Chamo, por fim a atenção a um fenómeno que se verificava em Angola e do qual também eu, fui alvo ou vitima, ou nem uma coisa nem outra, pois é discutível se do preto e do branco não resultará, de facto, o cinzento.

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Finalizo dizendo que, a raça humana é toda ela feita do mesmo. Esperma. Eu, particularmente, acredito que fui um espermatozóide mais perspicaz e consequentemente, mais rápido que os outros. E eram milhões, segundo sei. E não vejo outra explicação. Os meus “irmãos”, que ficaram pelo caminho…mais escuros, mais claros…sisudos ou calados, não passam de verdadeiros racistas. Esses sim, porque preferiram ficar no quentinho e obrigaram-me a sair sozinho.